E garantir o preço mínimo
Governo pode avançar para leilões de madeira

O Secretário de Estado das
Florestas, João Paulo Catarino, referiu, em Oleiros, em reunião
promovida no passado dia 20 de outubro pelo presidente da câmara
local, Fernando Jorge, que o Governo poderá avançar para a criação
de leilões de madeira queimada, na sequência do último grande
incêndio que queimou mais de 20 mil hectares nos concelhos de
Oleiros, Proença-a-Nova e Castelo Branco.
Na reunião onde participaram autarcas das freguesias, empresários,
produtores florestais e a que se juntou o presidente da Câmara de
Castelo Branco, José Augusto Alves, o governante afastou a ideia de
serem criados parques de madeira, pois no seu entender as
experiências do passado demonstram que aos produtores pouco chegou
da venda da madeira. "Essa não pode ser a solução. O Estado tem que
ter uma preocupação sobre se o preço pago é o justo",
assegurou.
No entender de João Paulo Catarino, a opção poderá passar por
leilões se a situação assim o exigir: "Pelo que temos conhecimento,
neste momento está a ser justo o valor pelo que a madeira está a
ser adquirida, pois há vários players a comprar. Mas o Governo está
preparado, se se justificar, nestes três concelhos (Castelo Branco,
Oleiros e Proença-a-Nova) a organizar com o Instituto de
Conservação da Natureza e das Florestas leilões dessa
madeira".
Uma medida que "só fará sentido se a madeira não for paga ao preço
justo. Se esses leilões acontecerem e verificarmos que o valor de
procura é mais baixo que o mínimo estabelecido, o Governo pagará a
diferença. Mas se for muito baixo, então o Estado fica com a
madeira queimada, tritura-a e deixa-a nos terrenos".