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Jornal do Concelho de Oleiros | Francisco Carrega | Periodicidade: Trimestral | Abril 2025 nº94 Ano XXIV
Estrelas de Álvaro ganham certificado internacional

ceu_alvaroO astroturismo parece ter vindo para ficar na aldeia de Álvaro, onde ver as estrelas no céu ganha cada vez mais adeptos. A novidade é que lhe foi atribuído o certificado internacional de "Destino Turístico Starlight" no âmbito do projeto Dark Sky Aldeias do Xisto.
As "excelentes condições de visibilidade, transparência e escuridão do céu, e ainda a prontidão e a qualidade dos serviços turísticos" foram argumentos decisivos para a atribuição deste certificado, que no passado dia 8 de julho foi reforçado com a assinatura de um protocolo entre a autarquia de Oleiros e a ADXTUR- Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, Associação Dark Sky® Alqueva e a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. Na iniciativa, realizada na Pampilhosa da Serra mais 19 municípios aderiram.
Álvaro, onde é possível usufruir da piscina fluvial, do barco-casa e de todo o património histórico e religioso, ganha agora um novo atrativo: as estrelas. Em nota enviada ao Oleiros Magazine, a Câmara considera estar-se perante um "novo caminho para a relação deste território com o céu, que extravasa a mera observação para se assumir como uma aposta estratégica que concilia o desenvolvimento turístico, a integração com o Sistema Científico e Tecnológico, a sustentabilidade social e ambiental, a capacitação das pessoas e o estímulo à economia".
O acordo e a certificação pretende agora "preparar o território e os seus agentes para a afirmação de um destino de astroturismo e a construção de produtos turísticos. As temáticas abordadas passam pelo astroturismo, astronomia e poluição luminosa", diz a mesma nota.
A importância deste novo produto é também sublinhada por Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal. Citado na mesma nota, aquele responsável destaca o percurso realizado no âmbito do projeto Dark Sky Aldeias do Xisto. "Este é um trabalho extraordinário de singularidade em relação a um território, que contribuiu para que mesmo numa fase difícil, territórios da baixa densidade e do interior tivessem ombreado e até mesmo tido resultados superiores a destinos turísticos mais maduros e mais clássicos".
Pedro Machado lembrou ainda que o "tempo, o silêncio, a segurança e condições naturais para estruturar o produto Dark Sky, encarados como verdadeiros luxos do século XXI, são fatores que podem ajudar a reinventar estes territórios".
Por sua vez, Apolónia Rodrigues, presidente da Associação Dark Sky, também citada na mesma nota, assegura que o mais importante é "valorizar, fazer crescer o território e ter sempre presente que tem de haver cooperação, liderança e sobretudo qualidade no produto que é desenvolvido".