No Cristo Rei, em Almada
Pirotecnia Oleirense az aniversário da TVI

A
Pirotecnia Oleirense, com a Luso Pirotecnia realizou, no passado
dia 21 de fevereiro, o espetáculo pirotécnico comemorativo dos 28
anos da TVI.
O espetáculo decorreu no Cristo
Rei, em Almada, e foi concebido por Vítor Machado e Nuno Fernandes,
desenhado com recurso exclusivo aos produtos Pirotecnia Oleirense,
"100% portugueses".
Apesar do mau tempo, o espetáculo
esteve ao nível daquilo que a Pirotecnia Oleirense e a Luso
Pirotecnia habituou a comunidade internacional.
O espetáculo foi sincronizado com
o tema Gaivota, de Amália Rodrigues, interpretado ao vivo
pela fadista Mariza.
Recorde-se que o setor
pirotécnico, desde o início da pandemia, tem tido momentos
difíceis, uma vez que se registou uma quebra acentuada ao nível da
realização de espetáculos. Mesmo os tradicionais espetáculos de
passagem de ano foram reduzidos a um número residual num país em
que as suas empresas, sobretudo as do grupo Luso Pirotecnia são
reconhecidas mundialmente, tendo conquistado para Portugal vários
prémios, como o Júpiter de Ouro no Festival do Quebec, em 2019, ou
também nesse festival em 2002 e 2012, terem conquistado a
prata.
Esta situação levou, no mês de
março, a que a Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para
Eventos escrevesse uma carta aos 308 presidentes de Câmara
portugueses. O objetivo é que o poder local se envolva na procura
de soluções que garantam a sobrevivência das empresas ligadas aos
setores da cultura e dos eventos.
Na missiva a que tivemos acesso,
a Associação solicita, "num dos anos mais difíceis da história mais
recente do nosso país e do mundo a sua ajuda para que, em conjunto,
possamos recuperar dois setores que são da maior importância
estratégica para Portugal e que, infelizmente, estão ligados às
máquinas em coma profundo: o da cultura e dos eventos".
A Associação aproveita para
divulgar o impacto que o setor tem no país: 1.222 milhões de euros
de impacto destes setores no PIB em 2018 (dados do Banco de
Portugal), 16,9 milhões de espetadores, também em 2018,
representando receitas de bilheteira de 109 milhões de euros (dados
do INE). Na mesma altura, esta indústria empregava mais de 130 mil
pessoas.
A carta recorda que "a despesa
das Câmara Municipais em atividades culturais e criativas, também
em 2018, foi de 469,8 milhões de euros, portanto não é difícil
concluir que as autarquias são os motores principais destas
atividades em Portugal". E questiona: "não deveria este valor ser
encarado como um investimento?".
A Associação indica "alguns
caminhos / medidas que, a curto e/ou médio prazo, poderão
revelar-se decisivos para a sobrevivência destes setores: a criação
de um fundo de apoio local destinado especificamente a empresas e
iniciativas desta natureza, à semelhança do que já acontece em
outras autarquias; a redução temporária de impostos municipais para
as empresas com CAE ligado a estes setores; o reforço da parcela do
orçamento municipal dedicado à cultura e aos eventos, definindo
desde já a agenda / programação para a realidade pós-Covid".
A terminar deixa um alerta: "é
importante não esquecer que o desaparecimento das empresas em causa
poderá inviabilizar que, no futuro, os municípios tenham
prestadores de serviços para realizarem as atividades culturais que
sempre dignificaram cada região".