É a coletividade mais antiga do concelho
Filarmónica assinalou 131 anos com os olhos postos no futuro
A Sociedade Filarmónica Oleirense é a coletividade mais antiga do concelho de Oleiros. Em junho assinalou 131 anos de vida, num percurso com altos e baixos, mas que sempre soube dignificar o território em que está inserida. A sua banda é presença (obrigatória) na maioria das festas populares e religiosas do concelho. Mas além da banda, tem também uma escola de música, com cerca de 25 alunos, nos instrumentos de guitarra, piano, cavaquinho, ukelele e flauta transversal.
A história e a tradição passaram de geração em geração. Victor Antunes é o presidente da Sociedade Filarmónica Oleirense. Uma coletividade com 500 associados e que tem 42 executantes na banda. “É um misto de juventude com experiência”, revela ao Oleiros Magazine.
A experiência de José Mateus, que está já há muitos anos como maestro da banda, é o garante da qualidade. “Além de dirigir o grupo, também ensina solfejo a quem depois quiser integrar a banda”, adianta Victor Antunes. Pela Sociedade passaram muitas gerações de pessoas, jovens e menos jovens, que de forma dedicada e sem qualquer tipo contrapartida, souberam engradecer e preservar músicas de outros tempos, mas também renovar o repertório.
Com uma agenda preenchida, a Filarmónica encerrou, no passado dia 1 de julho, o ano letivo na escola de música com um pequeno concerto que contou com a atuação dos alunos e professores. De resto, a relação com a comunidade escolar será reforçada com o projeto “Canções da minha infância”, que se realizará em novembro ou dezembro, no multiusos das Devesas Altas. “É um espetáculo que pretende construir de raiz um coro infantil formado pelos alunos do 1.º ciclo do ensino básico do concelho de Oleiros, o qual será acompanhado pela música da Filarmónica Oleirense. No fundo iremos fazer um concerto, envolvendo os mais novos, para que todos possam, de uma forma divertida, reviver os tempos de criança”, anuncia Victor Antunes.
Os meses de verão também são preenchidos. As festas de verão ocupam a maioria da agenda, e para a Feira do Pinhal está prevista uma atuação. “Durante os meses de verão, entre a Festa de Santa Margarida e o fim da segunda semana de setembro, temos todos os fins-de-semana com atuações”, diz.
Victor Antunes recorda ainda o espetáculo que assinalou os 131 anos da Filarmónica. “Foi um encontro que reuniu em Oleiros as Bandas Estrela de Unhais da Serra, Louriçal do Campo e Sociedade Musical Nisense. Na ocasião foram interpretadas as músicas ‘Oleiros em Marcha’, do compositor Vítor Resende, e ‘Vila de Oleiros’, do compositor Valdemar Sequeira, para além dos hinos de cada uma das bandas presentes”.