Opinão
Confi(n)ar

Com a situação pandémica que se tem vivido e
obrigado ao confinamento, assistimos a uma alteração de hábitos e
da nossa perceção da realidade. Expetativas, parâmetros e
necessidades foram sendo reajustados e surgiram novos modus
vivendi.
Apesar de todos os danos
associados, a pandemia trouxe novas perspetivas e soluções. Devemos
agora equacionar uma forma diferente de construção do futuro em que
a acessibilidade sai reforçada e o trabalho em rede
favorecido.
Os territórios de baixa densidade
atingiram um novo posicionamento, enquanto locais atrativos para
viver ou destinos turísticos diferenciados. Tal facto pode trazer
vantagens consideráveis para o chamado Interior, desconcentrando a
procura e também a oferta de bens e serviços.
Por outro lado, os recursos
existentes nestas regiões associam-se a princípios cada vez mais
valorizados e tornam-se mais apetecíveis. Urge capitalizá-los. A
estratégia deve passar pelo desenvolvimento do território de forma
integrada, inclusiva e sustentável, dando agora a oportunidade que
o Interior necessita e merece. Só assim se consegue uma eficiente e
eficaz coesão territorial.
Estivemos confinados bastante
tempo, com custos inerentes que não desejávamos, mas apesar de
todos os constrangimentos não tendo sido em vão. Vamos
confiar.