Incêndio queima 900 hectares por hora, já arderam 20 mil
OLEIROS 17:28 (14 de
setembro) - O incêndio que deflagrou no concelho de
Proença-a-Nova, no passado dia 13 de setembro, entrou nos concelhos
de Oleiros e Castelo Branco.
O autarca de Oleiros diz que o
cenário é dantesco e que o fogo estava a consumir 900 hectares por
hora.
A Autoridade Nacional de
Emergência e Proteção Civil diz que o incêndio atingiu um perímetro
com uma área superior a 55 quilómetros.
O incêndio obrigou já à evacuação
de cerca de 30 pessoas de várias povoações.
Neste momento o fogo tem uma
grande frente e está a chegar às aldeias de Cambas e da Póvoa de
Cambas.
Uma das zonas industriais de
Oleiros chegou a estar em perigo, mas neste momento a situação
parece estar controlada.
Combatem o incêndio, com três
frentes ativas, mais de mil operacionais/bombeiros, 15 meios aéreos
e 343 veículos.
Em declarações à RTP, o
presidente da Câmara de Oleiros, Fernando Jorge referiu que "este é
o maior incêndio" de todos os que ocorreram nos últimos oito anos
no concelho.
O incêndio já provocou dois
feridos graves (devido a um incidente ocorrido no dia 13 de
setembro) entre os bombeiros que o combatem.
OLEIROS 11:22 (15 de
setembro) - O incêndio que deflagrou no concelho de
Proença-a-Nova, no passado dia 13 de setembro, e que entrou nos
concelhos de Oleiros e Castelo Branco está dominado a 90%, informou
a Proteção Civil na manhã de hoje.
Luís Belo Costa, Comandante
Operacional de Agrupamento Distrital do Centro Sul e Comandante das
Operações de Socorro, disse na conferência de imprensa, e citado
pela imprensa, que "os trabalhos decorrem muito favoravelmente. Eu
diria que a situação está muito favorável. Ainda não podemos dar o
incêndio como dominado, porque ainda temos pequenos pontos quentes
que carecem de uma atenção e de um trabalho muito dedicado, que não
nos permitem ainda dar a situação como incêndio dominado".
No terreno ainda se encontram 995
homens, 326 viaturas e 8 meios aéreos.
OLEIROS 14:23 (15 de
setembro) - O incêndio já terá consumido cerca de 20 mil
hectares de terreno. A estimativa é do presidente da Câmara de
Oleiros, que à Comunicação Social disse que este é o pior incêndio
dos últimos 20 anos e que está ao nível do que afetou o concelho em
2003.
O autarca afirmou à Agência Lusa
e citado em diferentes órgãos de comunicação social, que no
concelho de Oleiros "já ardeu tudo. Não há mais nada para arder,
porque já chegou às zonas onde tinha ardido no ano passado e há
dois anos".
Nas suas declarações, Fernando
Jorge fala do combate às chamas, recordando que "quando não se
consegue combater no início e quando o incêndio chega ao concelho
como aconteceu desta vez, com frentes de vários quilómetros, o fogo
segue o seu caminho e ninguém o consegue parar. Só é possível
[pará-lo] com ordenamento florestal. Agora, vai-se falar muito do
ordenamento e do emparcelamento e depois sabe o que se vai fazer?
Nada", reforçou.
Ainda assim, o presidente da
Câmara de Oleiros mostra esperança no atual Secretário de Estado
das Florestas, João Paulo Catarino, ele que também já foi
presidente da Câmara de Proença-a-Nova, concelho onde teve início
este incêndio. "Com o atual secretário de Estado das Florestas, se
tiver poder suficiente e se não lhe cortarem as pernas, seguramente
se poderá desta vez ter um trabalho para o futuro. Mas não sei se
ele terá essa força para impor o que é necessário fazer",
disse.
O incêndio mantêm-se ativo e está
a ser combatido por 911 bombeiros, apoiados por 311 viaturas e 11
meios aéreos.
OLEIROS 19:00 (15 de
setembro) - O incêndio entrou em fase de resolução,
informou no seu site a Proteção Civil.
****** Notícia em atualização ******
Oleiros Magazine
Nuno Abelho