Editorial
Defender o território com compromisso
O primeiro trimestre de 2025 trouxe-nos incertezas no mundo económico e político que poderão vir a ter repercussões no nosso país e na nossa região. A tomada de posse de Donald Trump veio com um conjunto de taxas aduaneiras sobre os produtos europeus que colocaram os índices bolsistas nacional e internacionais em quebras acentuadas. O velho aliado decidiu atacar os seus parceiros e, neste momento, ainda são imprevisíveis os resultados desses impostos para o velho continente, mas também para os próprios Estados Unidos da América cujos cidadãos terão os preços de determinados bens mais elevados.
Como se isso não bastasse, por cá, no espaço de meia dúzia de meses vamos ter três eleições. Primeiro as legislativas, que não estavam na equação de ninguém, e que dificilmente serão esclarecedoras no que respeita à governação do país. Seguem-se as autárquicas, onde, pela proximidade dos eleitos entre si e para com os seus eleitores, se exige respeito e uma campanha séria, sem ofensas. Regra geral tenta sempre encontrar-se um bode expiatório para sondagens ou resultados menos conseguidos, passando-se, no caso de números menos satisfatórios a ataques à comunicação social e aos jornalistas. Elevação e respeito é o que se exige. Finalmente virão as Presidenciais. O tema já mexe com alguns candidatos anunciados e outros a aguardar pelo melhor momento para o anúncio.
Significa isto que o país vai andar ocupado com eleições durante o último semestre de 2025 e o início de 2026. Sejamos capazes de manter a máquina a funcionar e que, em tempo de debate, se assumam compromissos sérios e verdadeiros para o nosso território. Mas mais do que isso, que em matérias estruturantes e decisivas nos saibamos unir no mesmo propósito, lutando por aquilo que é justo, pois somos cidadãos como todos os outros.